sábado, 6 de fevereiro de 2016

A importância da eterna insatisfação


Sim, nunca estamos plenamente contentes com a nossa vida. Por mais que tenhamos tudo o que uma pessoa deve ter para viver plenamente e em condições mínimas de vida, sempre queremos mais, sempre nos comparamos com os outros, sempre estamos insatisfeitos.

Segundo a pesquisa apontada neste link, o brasileiro de forma geral é contente com sua própria vida. Nesse estudo, com 5.130 pessoas de todo o Brasil, 52% dos pesquisados se considera feliz, mas apenas 10% se considera satisfeito com a própria vida. Fato que mostra que você não precisa necessariamente ser infeliz para estar insatisfeito.



"É possível ser feliz e estar insatisfeito com a própria vida"






Algumas informações mostram que:
  • 60% apontam o convívio familiar como base para a satisfação
  • 58% consideraram importante a espiritualidade
  • 57% mencionaram as relações afetivas

Do percentual que se considera infeliz, 66% é atribuído à estética, passando à frente de trabalho e família. Todavia, a estética é um parâmetro completamente relativo, baseado nos padrões impostos pela sociedade e pode ser modificado através da identificação dos incômodos e causadores de baixa autoestima.

O mais interessante é que no grupo dos mais insatisfeitos, 58% são mulheres na faixa dos 34 anos e apontam como principal motivo de descontentamento os seguintes aspectos:
  • O próprio peso
  • O stress

Parece que estamos lidando com a mesma problemática, sem saber que tudo tem solução. Será que reclamamos mas no fundo não fazemos nada? Ao meu ver, estes dois principais problemas me parecem solucionáveis a certo ponto.

A questão do peso pode ser resolvida com reeducação alimentar, força de vontade e exercícios físicos. Em relação ao stress, se não pudermos reduzir a carga de uma vida estressante podemos ameniza-la com meditação, leituras e busca da espiritualidade, ou simplesmente a busca de uma vida mais simples e minimalista, longe do consumismo desenfreado.

Da pesquisa ainda pode-se extrair que 39% dos brasileiros se consideram vivendo ao máximo, mas apenas 5% extrai seu completo potencial. Obviamente que falamos aqui de percepções pessoais e que podem não condizer com a realidade, devido ao constante bombardeamento da mídia sobre como devemos ser perfeitos em nossas carreiras, financeiramente, família e esteticamente.

No entanto, será que precisamos ser mesmo plenamente satisfeitos? Podemos sim ter alguma insatisfação em nossas vidas. Acredito que a insatisfação permite que possamos correr atrás dos nossos sonhos e realizarmos algo a mais como seres humanos. A insatisfação sempre moveu o mundo, gerou novas ideias e novas invenções.

"A insatisfação permite que possamos correr atrás dos nossos sonhos."


Alexander Fleming provavelmente inventou a Penicilina pois estava insatisfeito com as condições de saúde daquele tempo. Karl Marx fundou as bases do socialismo por insatisfação com o sistema de capital e de trabalho existente. Santos Dumont inventou o avião por insatisfação nos sistemas de transportes aliados a seus interesses pessoais e o sonho de voar. Posso continuar citando exemplos aqui, mas a mensagem é essa: nossa insatisfação e nossos sonhos podem gerar mudanças benéficas para nós mesmos e para o mundo. Detectando nossas reclamações e observando nosso potencial, podemos desenvolver uma vida plena e cheia de realizações.



"Nossa insatisfação e nossos sonhos podem gerar mudanças benéficas para nós mesmos e para o mundo."


E então? Como lidar com a insatisfação? A solução é encarar de frente e atacá-la! Elencar nossas insatisfações em uma lista é o primeiro passo, seguido das coisas que a fazem travar na busca à solução das insatisfações. Em seguida, liste seus potenciais e qualidades. Em seguida, procure enumerar a soluções: você pode até criar um projetinho pessoal com data de resolução, passos a serem tomados e pontos de monitoramento. Se você enumerar e for acompanhando, você terá uma percepção bem maior da própria satisfação pessoal e o gostinho de ver as coisas sendo aos poucos realizadas.

E quando eu realizar todos os meus sonhos? Tudo acaba e serei agora plenamente satisfeito? Se isso é possível, busque novos sonhos e expanda seu nível de insatisfação, sempre seguindo seus valores e princípios: você verá uma mudança maravilhosa no seu modo de viver.

E vocês? Como encaram a própria vida? Buscam realizar os seus sonhos? Como fazem isso? Conta aqui nos comentários.




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