quarta-feira, 25 de maio de 2016

Berçário ou Babá?

O grande dilema da mãe que trabalha fora de casa surge antes mesmo da licença maternidade terminar, às vezes até na gravidez. As opções são poucas: ou você será sortuda de deixar com um familiar ou amigo, ou terá que escolher entre babá e berçário. A escolha não é fácil: cada um tem seus prós e tem seus contras e não há certo ou errado: existe o que vai funcionar para você.

Quando engravidei, coloquei logo na cabeça que ia querer colocar no berçário pois ouvia histórias horríveis de babás violentando crianças e furtando coisas de casa. Quando tive o bebê fui conversando com diversas pessoas e minha opinião foi mudando: fiz experiência com uma moça e ela se mostrou super agradável. Fora isso, fui sortuda: minha mãe e minha sogra ajudaram muito nesse período de transição.

Mas afinal: qual o melhor? Isso só você vai saber. Vem comigo que te mostro os prós e contras.

Babá

As desvantagens de uma babá são as seguintes:
  1. A entrega de seu filho a uma pessoa talvez desconhecida.
  2. Necessidade de se organizar e manter folha de ponto, pagar direitos e gerenciar o contrato.
  3. Talvez a babá não possua conhecimento para conduzir bem a criação de seu filho e lhe dar o estímulos necessários.
  4. Se a babá adoecer, com quem fica seu filho?
  5. O bebê pode ficar isolado, sem ter crianças com quem brincar.
As vantagens são:
  1. O bebê adoece menos em contato com apenas um pequeno grupo de pessoas.
  2. Pode sair mais barato para o seu bolso.
  3. Ter alguém 100% dedicado ao seu filho.

Algumas dicas valiosas são:
  1. Se puder, deixe a babá com outra pessoa, como uma vovó ou tia, para que essa pessoa supervisione.
  2. Crie um caderninho de acompanhamento do bebê no qual a babá irá preencher como foi o dia, o que ele comeu, se fez cocô, entre outro.
  3. Se puder, venha nos primeiros tempos almoçar com o bebê para matar as saudades.
  4. Tenha uma pasta com a documentação da babá: contrato, ponto, recibos e boletos pagos, além dos atestados. Tire um dia do mês para organizar os pagamentos, recibos e etc.
  5. Pesquise as babás com antecedência: pegue indicações com amigos e não pegue leve na entrevista de emprego. Se a candidata não demonstrar confiança, o berçário será melhor.
  6. Faça um período de experiência com ela antes de voltar ao trabalho. Fique algum tempo fora e veja como o bebê se comporta com ela. Até com a babá deve ter período de adaptação. 
  7. Faça um contrato temporário de 3 meses, caso tenha dúvidas. Se ao final do período gostar da babá, fique com ela. Senão, é hora de buscar outra alternativa. 
  8. Coloque câmeras pela casa para vigiar os acontecimentos na sua ausência.
  9. Deixe os contatos de emergência acessíveis com a babá. Seu celular, 192, e ensine-a a usar o interfone. Se possível, pague um curso de primeiros socorros para situações emergenciais.
  10. Lembre-se: tenha uma relação de trabalho com ela. Saiba ser bacana mas também repreenda se necessário. O diálogo é o melhor jeito de levar situações tensas.

Berçário

As desvantagens:
  1. O seu bebê, por estar em contato com mais pessoas, está sujeito a adoecer mais facilmente.
  2. Um bom berçário em tempo integral pode ser caro.
  3. Seu filho terá que disputar a atenção da professora (o que pode ser positivo).
As vantagens:
  1. Muitos berçários oferecem um sistema controle por câmera e um diário de acompanhamento.
  2. O auxílio é profissionalizado e conta com educadores, pedagogos, geralmente seguindo uma corrente pedagógica.
  3. Maior contato com crianças da mesma idade, estimulando o convívio social.
  4. Você fica sem maiores obrigações burocráticas além do pagamento da mensalidade.
Algumas dicas antes de pôr no berçário:
  1. O berçário deve ser escolhido com bastante antecedência, de preferência antes até do parto. Alguns deles têm até fila de espera. Acho o segundo trimestre válido para pesquisar berçários.
  2. Procure indicação de amigos e parentes.
  3. O berçário deve ser perto do seu trabalho ou de sua casa para em caso de emergência você chegar logo.
  4. Procure berçários com turmas menores e que sejam bem ventilados: isso evita os constantes adoecimentos.
  5. Acompanhe a vida do seu bebê: procure saber como se comporta na escolinha.
  6. Não se esqueça de presentear as tias: elas passaram o ano cuidando do seu filho.
  7. Reserve pelo menos umas duas semanas antes da volta ao trabalho para o período de adaptação.


domingo, 15 de maio de 2016

Equilíbrio digital

 
 http://i.huffpost.com/gen/3271406/thumbs/o-SMARTPHONE-ADDICTION-570.jpg?7
Hoje é difícil ficar longe de uma tela: seja o smartphone, tablet, a televisão ou o próprio computador, há tecnologia em todo o lugar. A tecnologia de fato facilitou muito as nossas vidas: hoje podemos obter praticamente toda a informação quisermos em poucos segundos e podemos falar com parentes e amigos distantes de uma maneira fácil e rápida. Todavia, tanta tecnologia acaba fazendo com que deixamos de nos relacionar de verdade com as pessoas que estão perto, nos faz procrastinar tarefas importantes e pode até criar um falso senso de comparação e complexo de inferioridade: quantas vezes vemos aquela pessoa no Instagram tão bem sucedida, tão bonita e rica e nos sentimos tão inferiores a ela?

É possível ver a toda hora nas reuniões de trabalho as pessoas conferindo o Whatsapp ou gastando seu trajeto no ônibus olhando o Facebook, Instagram e Snapchat, ou jogando algum joguinho. Estamos na era da produção de informação e de seu consumo, mas será que isso produz de fato conhecimento? Onde esse excesso de tecnologia pode te levar? Pode ser um distrativo para todos, mas qual o limite do uso excessivo das telas?



O jornalista americano Paul Miller passou um ano offline e olha só o que ele aprendeu:
  • Melhorar a habilidade de falar com as pessoas face-a-face, tornando-se mais emocionalmente disponível.
  • Ler mais livros e escrever mais.
  • Se qualificar mais.
  • Dormir e acordar melhor.
  • Entender mais os próprios sentimentos e a si mesmo.
  • Ter mais equilíbrio no uso da tecnologia.
http://i.huffpost.com/gen/2927942/images/o-DIGITAL-DETOX-facebook.jpg

Que tal fazer um detox digital? Que tal parar e olhar o mundo lá fora? Que tal seguir os passos para alcançar seus sonhos?

Você não está perdendo tanto assim afinal...

Como vivíamos antes das redes sociais? Você se lembra como era se informar antes de tudo isso? Para nos comunicarmos tínhamos as cartas e o telefone, além do contato pessoal, e o melhor: todos esses recursos ainda estão disponíveis.Para se informar, haviam os jornais e revistas, e tínhamos que esperar a edição chegar para sabermos o que estava acontecendo.

Cartas são ótimas para uma conversa unidirecional, nada mais lindo do que receber uma carta de punho próprio, algumas fotos, cartões postais. E que tal marcar um encontro com aquelas amigas da faculdade? Um encontro cara-a-cara é sempre divertido, ainda mais se for em uma doceria.

Com esse bombardeio de atualizações das redes sociais, resta a pergunta: é necessário realmente estar atualizando a todo tempo? Precisamos mesmo ver aquele post? Ele vai modificar a sua vida? Do que você vai lembrar daqui a seis meses? Perceba que, afinal de contas, você não está perdendo tanto ao perder AQUELA atualização.

Estabeleça uma meta de desconexão

Nem que seja meia hora por dia, estabeleça uma meta para estar totalmente livre da tentação de ver o smartphone. Vá cozinhar, ler um livro, escrever, caminhar ao ar livre, brincar com seu filho, meditar ou conversar com alguma pessoa querida pessoalmente. Aumente a meta até o desejado e sinta-se livre de toda a tecnologia.

Faça retiros antidigitais

Viaje e deixe o smartphone em casa. Leve um celular antigo para emergência. Vá para algum lugar tranquilo, meditativo, faça caminhadas, trilhas, viva a natureza! Leve uma câmera analógica para tirar fotos, mas não se torne escrava das fotos para as postagens. Faça o jogo da surpresa: será que a foto ficou boa? Você só saberá na revelação.

Presencie o momento

Quantas vezes estamos almoçando ou jantando com alguém e parecemos não ter assunto? Cada um no seu smartphone, enviando coisas pelo Whatsapp ou checando o Facebook? Quantas vezes você não para uma tarefa ou estudo para checar suas redes sociais? "São só 5 minutos", e de repente você perdeu uma hora. Viva o momento! Coloque o celular de lado, desligue a TV. Resista à tentação de ver o smartphone a todo instante. Marque e treine mentalmente o que é importante. Ligação da babá? Importante. Mensagem do chefe? Depende. Aquela postagem do grupo da turma da academia? Pode passar direto. 

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Estabeleça um horário para a televisão

Televisão ao tempo todo? Pense, o que você ganha assistindo Masterchef, depois Big Brother, depois aquele filme que já vimos trocentas vezes. Seja uma usuária de televisão ativa: escolha o que quer assistir e quando assistir. Repense a TV a cabo e escolha serviços como Netflix, Mubi e Oldflix, destinados ao seu gosto. Defina seus horários para assistir TV, assim como os horários das crianças.

Defina que contas deve excluir

Delimite o por quê você está em cada rede social e como cada uma te faz sentir. Se uma rede social te faz sentir para baixo ou mal consigo mesma, delete-a. Se você acha tal rede social inútil, exclua o seu perfil.

Deixe de seguir e exclua pessoas

Exclua pessoas que não lhe fazem bem e deixe de seguir aquelas que publicam 30 posts por dia. Isso permite uma limpeza na sua timeline. Se uma conta te faz sentir mal, deixe de segui-la.

Delete aplicativos e desligue notificações

Se aplicativos são desnecessários e irrelevantes, delete-os. Desligue notificações de aplicativos como Instagram, Facebook, Twitter, etc.

Defina tempo para acessar as redes sociais

Uma hora ou duas por dia no máximo.

Poste menos

Se você posta menos, você não precisa lidar o tempo todo com a ansiedade de receber as reações em relação a sua postagem.

Mais tempo para si mesma

É o que você ganha afinal! Mais tempo de qualidade com seus filhos, com seu amor e com sua família. Mais vivências relevantes e memoráveis. Mais metas cumpridas, mente mais tranquila, em rotação mais lenta. Quer escrever um livro? Agora você tem tempo! Quer fazer uma pós-graduação? Nada te impede. Quer ler mais? Derrube aquela pilha de livros que está esperando por você no escritório ou ao lado da cama. Faça uma máscara, faça suas unhas, hidrate seu cabelo, organize seu lar: você pode fazer tudo se se desconectar.