sexta-feira, 16 de junho de 2017

E por falar em adaptação escolar


Uma coisa que vejo pouco na Internet é pessoas falando em adaptação escolar, talvez porque hoje muitas crianças já vão muito cedo para a creche, ainda com 4 meses, quando a mãe volta da licença maternidade.

Por recomendações da pediatra, eu resolvi prolongar ao máximo a ida do meu filho, então ele só foi à escola com 2 anos e 3 meses.


A escolha da escola

Uma série de fatores deve ser levado em conta: a proximidade da escola da sua casa/trabalho, os horários de funcionamento, a metodologia utilizada, a quantidade de alunos e a estrutura da escola.

  • Peça sempre dicas de escola a pessoas que tenham filhos em idade escolar: a que escola foram, se gostaram ou não, quais são os pontos fracos.
  • Pesquise as escolas indo de fato nelas, conhecendo a estrutura, conversando com a diretoria.
  • Escolas mais próximas da sua casa/trabalho são melhores no caso de deslocamento e nas indesejadas urgências.
  • Prefira escolas com turmas menores, nas quais as crianças têm mais atenção dos professores, além de menor risco de contágio de doenças.

Preparando seu filho

Uma mudança na rotina sempre afeta uma criança, então pode ser ruim no sentido psicológico de não preparar seu filho. É interessante ir conversando com ele com certa antecedência. Fale que ele irá para um lugar super legal, cheio de crianças e atividades. Comece desde já com uma atitude positiva em relação à escola. Mostre a fardinha, o material escolar, a sua mochila.

No tão esperado dia, programe-se com antecedência para não haver correria e stress. Faça tudo com alegria, inspirando confiança.


A semana que pode virar mês

Geralmente as escolas impõem no máximo 2 semanas para o período de adaptação, mas te digo que pode demorar bem mais. Pode ser um mês de choros e gritos até que a criança entenda e goste da escola. Você pode perceber que a criança pode até chorar quando você for deixá-la mas que ela muitas vezes não quer ir embora quando a aula termina.

Se seu filho chora, nesses momentos, é preciso ter calma e entender que vai passar. O ideal é ir conversando com a criança, dizendo que você e o papai precisam trabalhar e forçando uma atitude positiva com a escola.


Contato direto

É muito importante deixar o máximo de contatos possíveis à mão da escola, seja da mamãe, do papai, da vovó ou qualquer outro responsável, para o caso de eles não conseguirem contactar você. Na era do Whatsapp, tenha a professora e a diretora como contatos e participe do grupo da escola, se ele houver.

Manter uma relação boa com a professora é essencial, pois ela pode até mandar fotos e vídeos para você matar a saudade e avisar desde urgências até pequenos detalhes de algum evento escolar.

Analogia ao trabalho

Para que seu filho entenda o que está fazendo na escola, uma boa ideia é sempre situa-lo em consonância com os pais. Se o papai e a mamãe trabalham, a criança "trabalha" na escola. Ela entende desde cedo que é uma responsabilidade dela e tem prazer em fazê-lo, por isso é tão importante manter a atitude positiva em relação à escola e o seu trabalho. Por isso, evite comentários como "Ah como eu odeio segunda-feira" ou "Lá vamos nós trabalhar de novo!".


Pequenos grandes conflitos

Conflitos ocorrerão, ninguém está livre disso. Apenas algumas crianças entram mais em conflito que outras. Tem a fase do não, do morder, do bater, do "é meu" e da disputa. Pequenas afrontas com coleguinhas e insubordinação com a professora. Vejo que muitos pais reclamam e até ameaçam as professoras que relatam os incidentes.

Eu sou toda a favor de que a professora relate diariamente o ocorrido, seja coisas positivas, seja coisas negativas, para que possam ser trabalhadas em casa, como continuidade da escola. As coisas positivas podem ser enaltecidas e as coisas negativas devem ser conversadas e combatidas.

Se você estiver se sentindo perdida a respeito de como agir sempre vale a pena conversar com o psicopedagogo da escola.



Acompanhamento dos pais é essencial

Meio que chover no molhado não é mesmo? Incentive as atividades de casa do seu filho e o ajude a realizá-las. Elogie e aponte melhorias nos seus trabalhos e o mais importante: diálogo, muito diálogo! Escute e se faça escutar.


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